Em 10 de outubro, celebramos o Dia Mundial da Saúde Mental, uma data que nos convida à reflexão sobre algo essencial, mas muitas vezes negligenciado: o equilíbrio emocional e psicológico das pessoas.
Cuidar da mente não é apenas tratar um problema quando ele aparece — é cultivar hábitos, espaços e relações saudáveis que nos permitam viver e trabalhar com mais sentido, tranquilidade e propósito.
Mas esse cuidado não depende só de escolhas individuais. O ambiente de trabalho exerce papel decisivo na forma como as pessoas lidam com o estresse, a pressão e os desafios diários. Empresas que valorizam o bem-estar mental reduzem o absenteísmo, melhoram o engajamento e fortalecem a cultura organizacional, além de estarem em conformidade com as novas exigências legais.
🏭 Empresas como agentes de promoção da saúde mental
Nos últimos anos, o ambiente corporativo tem ampliado sua visão sobre o tema da saúde mental, reconhecendo que ele vai além do bem-estar individual. Cuidar da saúde emocional dos colaboradores tornou-se um assunto estratégico, de gestão e de responsabilidade social, essencial para a sustentabilidade e o desempenho das organizações.
Os órgãos governamentais também reconheceram a crescente preocupação com a saúde mental da população, especialmente após os impactos da pandemia de Covid-19. Em resposta a esse cenário, o governo atualizou a Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), reforçando a importância de um ambiente de trabalho saudável e equilibrado.
Com a nova redação da NR-1, que entra em vigor em maio de 2026, as empresas passam a ter a obrigação de considerar os fatores de riscos psicossociais — como sobrecarga, conflitos, assédio, falta de reconhecimento e insegurança emocional — dentro do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). Essa mudança representa um avanço importante na gestão da saúde e segurança ocupacional, ao reconhecer que os fatores emocionais e sociais também impactam diretamente o bem-estar e a produtividade dos trabalhadores.
🌱 Cuidar é agir: como unir pessoas e empresas nessa jornada
Para construir ambientes realmente saudáveis, o cuidado precisa começar em cada pessoa, mas ser sustentado por uma cultura organizacional sólida.
Algumas ações práticas que empresas podem adotar:
- Promover campanhas de prevenção e conscientização sobre saúde mental.
- Criar canais de escuta e acolhimento para colaboradores em sofrimento emocional.
- Treinar líderes para reconhecer sinais de sobrecarga e atuar com empatia.
- Revisar processos, metas e jornadas, prevenindo fatores de risco psicossocial.
- Integrar RH, SESMT e liderança em uma abordagem conjunta e preventiva.
Mais do que cumprir uma norma, trata-se de construir um legado humano — onde cada pessoa é valorizada e encontra no trabalho um espaço de desenvolvimento, e não de adoecimento.
🛠️ Caminho sugerido para empresas (exemplo de cronograma de ação)
Fase | Prioridade | Exemplos de Atividades |
Curto prazo | Diagnóstico e sensibilização | Mapear indicadores atuais (absenteísmo, turnover), aplicar pesquisa de clima, sensibilizar lideranças |
Médio prazo | Estruturação de processos internos | Criar canal de acolhimento, equipe de apoio (psicólogos, RH), matriz de fatores psicossociais, envolvimento de comitês internos |
Prazo até maio/2026 | Consolidação e monitoramento | Integrar riscos psicossociais ao PGR, formalizar políticas e procedimentos, acompanhar resultados, revisitar estratégia continuamente |
Na GESTMA, acreditamos que saúde mental e segurança ocupacional caminham juntas.
Ao fortalecer o cuidado individual e institucional, empresas criam ambientes mais produtivos, empáticos e sustentáveis.
💬 Que o Dia Mundial da Saúde Mental seja um lembrete de que o cuidado começa em cada um de nós, mas só se consolida quando o coletivo também cuida.